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A arte intuitiva do jogo de tabuleiro Go

Você já ouviu falar de Go?

Bastante popular na Ásia (China, Coréia, Japão), eu não conhecia esse milenar jogo de tabuleiro até me deparar com o documentário “AlphaGo”, que entrou na Netflix nesse início de 2018. Considerado uma das quatro grandes artes da China Antiga (Poesia, Música, Caligrafia e Go), o jogo é ensinado nas escolas asiáticas para o desenvolvimento das crianças a partir dos 5 anos.

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O Go é um jogo de território e começa com o tabuleiro vazio. Os jogadores se revezam para colocar pedras pretas ou brancas nas interseções das linhas e não, nos quadrados.  Uma vez jogadas, as pedras não podem ser movidas. No entanto, elas podem ser cercadas e capturadas, sendo removidas como prisioneiras. Me lembrou um pouco o jogo War.

 

No final do jogo, os jogadores contam um ponto para cada interseção vaga dentro de seu próprio território, e um ponto por cada pedra que capturaram.  Aquele com o total maior é o vencedor. Parece simples, mas é de profunda complexidade.

 

No documentário “AlphaGo” acompanhamos o emocionante duelo entre a inteligência artificial AlphaGo contra o fenômeno da última década, o legendário Lee Shedol, vencedor de 18 títulos mundiais. A competição “melhor-de-cinco” aconteceu em 2016 na Coréia do Sul e foi assistida por mais de 200 milhões de pessoas em todo o mundo. Quem venceu essa batalha? A máquina ou o homem?

 

Lee Sedol

 

Go é um dos jogos de tabuleiro mais antigos do mundo. Provavelmente se originou na China há cerca de 3.000 anos e suas regras permanecem basicamente as mesmas.  De acordo com o site da British Go Association, existem vários mitos sobre a criação de Go. Uma delas diz que o lendário imperador Yao (2337 – 2258 a.C.) inventou Go para educar o seu filho, Dan Zhu na disciplina, concentração e equilíbrio.

 

Outros acreditam que o jogo tenha sido criado para controle de enchentes, ou para simbolizar a ordem cósmica. O jogo também teria sido usado por generais chineses para estabelecer estratégias de guerra.  Dizem também que o futuro do Tibete foi uma vez decidido sobre um tabuleiro de Go.

 

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Voltando a 2018, podemos acompanhar, na Netflix, um grupo de pesquisadores e engenheiros da empresa inglesa de Inteligência Artificial DeepMind, adquirida pela Google em 2014 por £ 400 milhões, o desenvolvimento do algoritmo “AlphaGo”.

 

Um dos principais desafios era capturar o aspecto intuitivo do jogo. Para isso, o AlphaGo combina uma pesquisa com redes neurais profundas, contendo milhões de conexões semelhantes a neurônios.

 

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Os pesquisadores mostraram ao AlphaGo um grande número de jogos para ajudá-lo a desenvolver sua própria compreensão sobre o que parece ser um jogo humano. A inteligência artificial AlphaGo aprendeu com seus erros e melhorou até se tornar imensamente forte, através de um processo conhecido como aprendizagem de reforço.  Este novo avanço tem potencial para se desenvolver grandes avanços científicos. O que isso nos ensinará sobre a humanidade?

 

Você conhece ou já jogou Go? Conta pro MãeGeek!

 

Assista o trailer de “AlphaGo”:

Apresentadora, repórter e vocalista / guitarrista de uma das mais celebradas bandas do cenário underground brasileiro, o Leela. Na televisão, Bianca apresentou programas nos canais Nickelodeon, PlayTV, Canal Brasil e Canal Sony. Atualmente apresenta o programa "#LeelaLive" no Youtube.com/leelaoficial e é mãe do Theo, de 6 anos.