09/01/2018
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By:
Bianca Jhordão/
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Você já ouviu falar de Go?
Bastante popular na Ásia (China, Coréia, Japão), eu não conhecia esse milenar jogo de tabuleiro até me deparar com o documentário “AlphaGo”, que entrou na Netflix nesse início de 2018. Considerado uma das quatro grandes artes da China Antiga (Poesia, Música, Caligrafia e Go), o jogo é ensinado nas escolas asiáticas para o desenvolvimento das crianças a partir dos 5 anos.
O Go é um jogo de território e começa com o tabuleiro vazio. Os jogadores se revezam para colocar pedras pretas ou brancas nas interseções das linhas e não, nos quadrados. Uma vez jogadas, as pedras não podem ser movidas. No entanto, elas podem ser cercadas e capturadas, sendo removidas como prisioneiras. Me lembrou um pouco o jogo War.
No final do jogo, os jogadores contam um ponto para cada interseção vaga dentro de seu próprio território, e um ponto por cada pedra que capturaram. Aquele com o total maior é o vencedor. Parece simples, mas é de profunda complexidade.
No documentário “AlphaGo” acompanhamos o emocionante duelo entre a inteligência artificial AlphaGo contra o fenômeno da última década, o legendário Lee Shedol, vencedor de 18 títulos mundiais. A competição “melhor-de-cinco” aconteceu em 2016 na Coréia do Sul e foi assistida por mais de 200 milhões de pessoas em todo o mundo. Quem venceu essa batalha? A máquina ou o homem?
Go é um dos jogos de tabuleiro mais antigos do mundo. Provavelmente se originou na China há cerca de 3.000 anos e suas regras permanecem basicamente as mesmas. De acordo com o site da British Go Association, existem vários mitos sobre a criação de Go. Uma delas diz que o lendário imperador Yao (2337 – 2258 a.C.) inventou Go para educar o seu filho, Dan Zhu na disciplina, concentração e equilíbrio.
Outros acreditam que o jogo tenha sido criado para controle de enchentes, ou para simbolizar a ordem cósmica. O jogo também teria sido usado por generais chineses para estabelecer estratégias de guerra. Dizem também que o futuro do Tibete foi uma vez decidido sobre um tabuleiro de Go.
Voltando a 2018, podemos acompanhar, na Netflix, um grupo de pesquisadores e engenheiros da empresa inglesa de Inteligência Artificial DeepMind, adquirida pela Google em 2014 por £ 400 milhões, o desenvolvimento do algoritmo “AlphaGo”.
Um dos principais desafios era capturar o aspecto intuitivo do jogo. Para isso, o AlphaGo combina uma pesquisa com redes neurais profundas, contendo milhões de conexões semelhantes a neurônios.
Os pesquisadores mostraram ao AlphaGo um grande número de jogos para ajudá-lo a desenvolver sua própria compreensão sobre o que parece ser um jogo humano. A inteligência artificial AlphaGo aprendeu com seus erros e melhorou até se tornar imensamente forte, através de um processo conhecido como aprendizagem de reforço. Este novo avanço tem potencial para se desenvolver grandes avanços científicos. O que isso nos ensinará sobre a humanidade?
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Assista o trailer de “AlphaGo”:
Follow @maegeekApresentadora, repórter e vocalista / guitarrista de uma das mais celebradas bandas do cenário underground brasileiro, o Leela. Na televisão, Bianca apresentou programas nos canais Nickelodeon, PlayTV, Canal Brasil e Canal Sony. Atualmente apresenta o programa "#LeelaLive" no Youtube.com/leelaoficial e é mãe do Theo, de 6 anos.