31/08/2017
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By:
Renata Kühn/
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- aprender, Educação, Livros
Como aprimorar o convívio entre pais e filhos? Como educar os jovens, estipulando limites sem afastá-los? Até que ponto eles precisam de privacidade? Para responder a estas e outras questões sobre família, filhos e seus universos, o filósofo Mario Sergio Cortella acaba de lançar o livro “Família: Urgências e Turbulências” (Ed. Cortez).
Em entrevista ao Mãe de Tween, do jornal O Globo, o filósofo e escritor comentou que os pais não só podem, como devem se meter na vida dos filhos, e aos que acham que estão vigiando o jovem que têm em casa, explica: “A vida dele é responsabilidade sua”. Para ele, do ponto de vista dessa responsabilidade, e não do afetivo, até completar 18 anos, quem responde pela vida do filho é o pai ou a mãe e, para isso, é preciso saber onde ele está e o que faz. “Se as pessoas têm rastreador de celular, de carro, pois consideram um bem que não pode ser perdido, imagine uma criança ou um jovem”, diz no livro.
Além de pontuar sobre as atuais relações familiares, Cortella traz à luz “a geração, atualmente com 9, 10 anos, que vive de modo hipertextual. O estímulo contínuo faz com que não haja serenidade nas escolhas”, e indica eleger momentos de relaxamento, no sentido de se desconectarem um pouco do mundo tecnológico e terem de explicar a razão das escolhas que fazem e das situações que vivem.
O filósofo também comenta sobre o tédio, tão temido pelos jovens e que, na verdade, acaba sendo uma grande oportunidade de exercitar a criatividade: “Toda pessoa, quando tédio tem, procura inventar o que fazer para afastá-lo (e isso move a criatividade) ou procura fazer de outro modo (e isso move a inovação). Como “quem tem cavalo não anda a pé”, crianças que recebem tudo pronto em vez de também ter de obter com algum esforço, repousam em postura expectante em vez de empreendente.”
Vale a leitura :-)
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Designer gráfica, atua há mais de 20 anos no mercado carioca e paulistano, atendendo a diversos segmentos. Além de mãe geek apaixonada, descobriu-se há pouco tempo como padeira amadora, tudo junto e misturado ;-)